Thursday, August 27, 2009

Ah !!!!!!

Hoje sim, posso falar de ti sem medo do que digam...
Hoje posso dizer que te encontrei, que te tive e que te perdi...
Foram respirações somente que ficaram, mas no fundo tu sabes que nunca foste tão de alguém e eu tão de alguém, como agora somos tão de ninguém.
Foi sempre essa a nossa magia...
A desculpa infantil da nossa infantil idade.
Mas são coisas próprias disseste tu. E naqueles momentos não havia mais ninguém que entrasse, que abalasse o mais perfeito sorriso, tranformado no mais perfeito beijo, concretizado na metamorfose do nosso olhar.
Talvez me venho a aperceber cada vez mais que possivelmente possas ser a mulher da minha vida. Que ingratidão. Mas mesmo assim tudo continua e o sol que se põe também nasce.
Não digo o teu nome. Só digo que somos iguais. O que mudou foi só a merda dos cromossomas.
Hoje sim, posso falar de ti sem medo do que digam...
Posso dizer que por momentos foste a mulher mais feliz do mundo, e eu o homem mais feliz do mundo.
posso dizer que és a mulher mais infeliz do mundo, e eu o homem mais infeliz do mundo.
Mas não é isto a vida?
Não é esta a razão, ou como dizia o hamlet, sem-razão que dá tão demorada vida ao sofrimento.
Silêncio então..
Que entre a Ophélia e que tudo pareça uma locura.
Porque as nossas bébé, já lá vão.
E fico à espera do tal dia.
Adeus.
obrigado.
Voltem sempre.
E que a paz do senhor seja convosco até lá.






( oh senhor anónimo estava à espera de mais.... )

Sunday, August 16, 2009

O anónimo(a)

”pedinchar é no q dá,o jantar ou a gasolina,pedinchar ,vais longe vais,tás um actor de tec,podre,cheiro a mofo e acabado.beber e chular e comer pitas quando sabes que do q gostas é de cuzinho e tens grande surpresa na volta,tu e quem sabes”

Ora, qual não é o meu espanto quando chego à minha caixa de correio e tenho este comentário do tão querido ou querida senhor, ou senhora anónimo ou anónima…
Gostaria, antes de divagar sobre isto, pedir a vossa atenção para a sintaxe gramatical deste tão belo, diria até (desculpem o atrevimento), poético comentário.

Caro senhor anónimo,
Gostaria muito que me pudesse mandar o seu blog, para poder dar uma vista de olhos na sua obra…
Ou então calculo que não tenha nenhum e goste simplesmente de andar por aí a comentar anonimamente tudo o que lhe aparece.
É realmente uma forma de vida muito interessante, qual Alicia em “ Hable con ella”…
Tenho quase a certeza que um dos seus braços é mais musculado que o outro.
E que quando foi criança (deveria ter usado mais novo porque criança… enfim… Há coisas que não mudam...), teve realmente muitos problemas. Talvez com padres, ou professores, ou até comigo…
Espero que comente rápido o meu post e bem-vindo(a)… Já tem um texto sobre si, e o seu comentário maravilhoso e francamente muito bom… Só não gostei ali de uma vírgula, mas também não se pode ser perfeito nem exigir tudo…
Obrigado,
Um bem-haja para si e para os seus…


Uma vez disseram-me que eu quando começasse realmente a subir, iria começar a ser atacado… Bem, para meu deleito e espanto, isso aconteceu mais rápido do que eu pensava. Obrigado senhor(a) anónimo(a).

Friday, August 14, 2009

Hey jude...

Quinta feira, 13 de Agosto de 2009.



Jude law....

Monday, August 10, 2009

O dia em que decidi ser um contador de estórias....

Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009

Hoje é um dia de vento e todas as palavras que dissemos se perderam no caminho.
Todos os sentimentos se foram e ficam as memórias.
Fica o vazio.
Não fosse o alcool que eternamente continua bom.
Não fosse o que tenho lido.
Não fosse isso tudo e tudo estaria inegavelmente igual.
O que hei-de pensar não sei. O truque é não parar de escrever...
Não parar.
De escrever.
Não.
De escrever.

Faz hoje três dias que tu desapareceste sem deixar rasto.
Faz hoje três dias que tudo voltou a ser como dantes.
Faz hoje três dias que a tristeza regressa.
Mas o que vem a ser isto de estar triste?
Não percebo sinceramente que tristeza é esta. Se me fosse um tristeza imposta, obrigado a, ou forçado a estar triste eu saberia como lidar com ela. Mas é uma tristeza triste que não tem a mínima grandeza. É uma "tristezazínha"...

O truque é não parar de escrever...
Não parar.
De escrever.
Não.
De escrever.

Porque afinal isto nem sempre foi assim.
Houve um tempo em que o simples voar de uma passarinha me deixava contente.
Agora já nem isso me dá tesão.
Houve um tempo em que corria atrás de qualquer coisa, até que decidi parar e começaram a correr atrás de mim, e eu sem me mexer do lugar.
Agora correm e eu sem me mexer de cada vez que olho para trás estão todos cada vez mais longe, e há-de chegar o dia em que os meus olhos já não conseguem tocar os vossos contornos e aí serei um homem feliz e completo.

O truque é não para de escrever...
Não parar.
De escrever.
Não.
De escrever.

Tinha subido de elevador e entrado em casa sem fazer o mínimo de barulho não vá acordar a vizinha do 2º Direito que se chama Dona qualquer coisa. sim no meu prédio todas as vizinhas se chama Dona qualquer coisa.
Tirando a minha vizinha do décimo-oitavo andar.
Essa não...
Essa era boa todos os dias e todos os dias eu fazia questão de contar os minutos que faltavam para ela ir passear o cão.
Tinha a mesma idade que eu - e não estou a falar do cão.

O truque é não para de escrever...
Não parar.
De escrever.
Não.
De escrever.

Zoofilia nunca foi o meu género, por isso não deixei o cão participar na nossa festa privada, num lugar romântico e acolhedor chamado graciosamente por "Casa das Máquinas". Do Vigésimo-terceiro andar até ao céu era um pulinho e eu estive mesmo mesmo quase a lá chegar.
Fodemos.
Parámos.
Fodemos.
E ela olhou parar mim depois de se recompor e disse-me:

"Adeus..."

Eu não disse nada. Mesmo que quisesse. Na minha cabeça só me lembrava de uma coisa.
Adeus - que raio de sítio para se mandar as pessoas.

O truque é sempre não parar de escrever.
A escrita é como a comédia. Não se pode parar para pensar.
É um escrita fluída, não metódica de cá de dentro que faz com que isto tenha algum interesse e alguma piada. Pelo menos para mim. Mesmo que o que se esteja a escrever seja uma grandessíssima merda.
Mesmo que seja mentira como é o caso da vizinha boa do elevador e da casa das máquinas.
Mesmo que seja isso tudo...

O truque é não parar de escrever...
Não parar.
De escrever.
Não.
De escrever.

Wednesday, August 5, 2009

Uma nova página...

Pronto...

(Isto é só para provar aos professores tão queridos de português, que posso e vou começar um texto por pronto.)

Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009

Morre a vontade...
Decência é um conceito com o qual eu não estou muito familiarizado, pelo menos na sua forma positiva...
Gosto de ter a inocência da indecência e ser feliz com isso...
Cheguei a um momento da minha vida em que realmente vejo as mulheres serem superiores aos homens... São...
Realmente são...
E são tão superiores que o sabem e se estão a cagar para o facto de nós, homens, nos estarmos a cagar para o que elas pensam. E isso meus caros é um sinal de inteligência.
Por muito que seja assim, o mundo é irrevogavelmente nosso - há que manter a ordem das coisas.

« Estou? »
« Olá amor. »
« Eh... Olá. »
« Não sabes quem fala? »
« Não realmente não estou a ver... »
« Deves ter muita gente que te trata por amor. »
« Sim, na realidade tenho. »
« ... »
« Não dizes nada? »
« ... »

Até hoje não sei quem era. ( pergunto-me se sei quem sou e se deveria ter usado foi em vez de era )
Sei que a voz não me é desconhecida. Mas também que puta de mania de chamarem amor às pessoas desprevenidamente.
Ao que chegámos. Um sentimento tão puro e tão belo como o amor, usado de uma maneira tão banal e "curriqueira".

Não. Lembrei-me que não sabia nada acerca do amor e decidi perante o cigarro, o vinho, o cinzeiro, o livro, o computador, a mesa, o fogão, os pratos, a alheira, o copo, e tudo o que me rodeia que não me vou alongar mais, nem sequer fazer uma ou qualquer outra futura tentativa de divagar sobre o amor.

Nunca vamos poder cair no erros dos outra vez, porque outra vez já era, e o que era não pode voltar a ser outra vez o que foi. Foi o que aconteceu e outra vez a vida nos ensina que não devemos confiar tanto nas pessoas. Caímos outra vez para outra vez nos levantar-mos, e de tanto dizer as palavras outra vez mentalmente na minha cabeça que elas começam outra vez a perder todo o seu sentido e outra vez fica o som estranho de associar tudo menos outra vez às palavras outra vez. Adiante. O mal está irremediavelmente outra vez feito.

« Mkie?! »
« Então? O que é que se faz? »
« Nada. Estou no deck. Vem cá ter. »
« Nepia. Estou no Bela a jogar setas. »
« Anda lá paneleiro de merda. »
« Não. Caga nisso. Não me apetece. »

Paneleiro de merda
.
Que expressão!
Depois de uma anda lá. vir um paneleiro de merda é que convence qualquer pessoa.
Ao nível desta expressão e no meu entender acho que supera em largos pontos é a nossa inocente forma de dizer A fome é negra.
Todos os dias algum preto se passa por alguém dizer vai para a tua terra.
Mas por alguém dizer que a fome é negra toda a gente se ri do pobre alarvo a comer.
E além disso. Reparem.
Ele está a comer.
A fome é negra, mas eu sou branco e vou comer.

Posto isto, deixo-vos com a frase que me marcou hoje.

"A combinação de tédio inteligente e beleza descuidada, é absolutamente irresistível."
MEC in O Cemitério de Raparigas.